Quero ressalvar que em noticia num jornal (penso que seja o 24h) podia-se ler nas "gordas" que Scolari também ia rezar pela nossa selecção e apelar à nossa senhora do Caravaggio.
Ninguém me tira da cabeça que senão fosse este acto de fé Portugal não tinha saído com os três pontos do Estádio Ferenc Puscas.
Outra coisa que não consigo tirar da cabeça é que o nome Carvaggio (não confundir com o famoso pintor italiano) é um "palavrão" em Albanês....não sei porquê mas não soa bem, Nossa Senhora da Conceição por exemplo faz sentido e soa bem. Qualquer dia vemos o Felgueiras a jogar e a rezar pelo Nosso Senhor Sérgio Conceição ou a Virgem Carla Matadinho.
A Hungria durante a semana já dizia que Portugal era a melhor equipa da Europa, em termos técnicos, e que já era excelente um empate ou não serem goleados. Qualquer discurso deste tipo gera desconfiança.
Mas o jogo começou com a Hungria com todos os seus jogadores atrás da linha da bola e Portugal com a normal circulação de bola um pouco em risco devido às intercepções das linhas de passe por parte dos Hungaros e nomeadamente à marcação homem a homem efectuada ao Deco (quer se queira quer não, o jogador mais creativo do futebol luso).
Portugal teve a felicidade de marcar um golo através de Klepeiran (esse nome oriundo de Mirandela, ao que se sabe) e então a selecção abrandou um pouco o ritmo apenas a trocar a bola e através de tabelinhas e jogadas ao primeiro toque a fazer incursões pelo meio campo defensivo magiar.
É certo que mais vale jogar mal e ganhar do que jogar bem e perder...mas acho que isso não se passou neste caso ao contrário do que uma análise mais empírica possa aparentar.Queiroz sublinhou a importância de "não sofrer golos" e aquando em vantagem Portugal não mais acelerou o jogo ou forçou o 2-0 para então estabilizar, abrindo assim azo ao rápido contra-ataque Hungaro.
O 1-0 equivale a um 5-0 de Queiroz a Koeman e se Portugal conseguir a qualificação todo mérito vai para Queiroz que arriscou uma remodelação e um "cunho pessoal" à equipa e não às nossas supostas estrelas que estiveramsempre apagadas dando lugar de destaque aos menos habituados a brilhar mas os grandes operários desta equipa, como é o caso de Pepe, Bosingwa e Tiago (na minha opinião, os melhores em campo).
Portugal foi inteligente sobretudo na forma como após o golo começou a trocar a bola na defesa pressionando os Hungaros a subir no campo e assim abrindo linhas de passe para o meio campo português trabalhar como bem sabe e com boas movimentações.
Queiroz não arriscou a goleada e fez bem, pois Koeman a dedicar exclusivamente a sua equipa ao contra-ataque, esperou os 90 minutos sem ver um único e apenas gerou movimentos ofensivos através de passes mal efectuados ou maus "alívios" da zona defensiva portuguesa.
Quero declarar também que já não via um guarda-redes que me agradasse na selecção nacional desde os tempos de Vitor Baía, Eduardo tem-se revelado um grande senhor entre os postes.
Resta agora a Portugal pedir a Scolari que volte a rezar pela Nossa Senhora do Caravaggio para que a Suécia não vença a Dinamarca.
Viva Portugal!
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